A Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge) realizou, de 15 a 18 de setembro, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), o 53º Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia e o VIII Simpósio Internacional de Educação em Engenharia (Cobenge 2025). Com patrocínio do Confea e da Mútua, o evento reuniu professores, pesquisadores e gestores de todo o país, além de convidados e participantes internacionais. O tema do Cobenge 2025 foi “Desafios da Engenharia no Brasil: Tecnologia, Inovação e Qualificação Profissional”.
O evento que terá sua próxima edição na PUC-MG, entre 14 e 17 de setembro de 2026, contou com as participações internacionais do presidente da Sociedade Portuguesa de Educação em Engenharia (SPEE), André Resende Rodrigues da Silva, e do vice-presidente do Consórcio Latino-Americano e Caribenho de Instituições de Engenharia (LACCEI), Luís Fernando Martínez Arconada. Eles foram recebidos pela presidente da Abenge, eng. civ. Adriana Tonini, e pelo vice-reitor da PUC-Campinas, José Benedito de Almeida David.
Tonini informou que o Congresso teve 848 inscritos e que foram apresentados cerca de 600 artigos científicos, em forma de sessões técnicas, sessões dirigidas e pôsteres. E que temas como a Nova Indústria Brasil, inovação, Inteligência Artificial, COP 30, novos currículos de Engenharia, competência da formação de Engenheiro, extensão e novas metodologias de ensino e aprendizagem fizeram parte dos quatro dias de programação.
“Tratamos as demandas do engenheiro no século XXI. O Confea junto ao MEC promoveu um grande debate na primeira mesa, abordando questões relacionadas à formação e atribuição, como Exame de Ordem e o fim do Ensino a Distância 100% para a Engenharia, conforme o Novo Marco Regulatório do EaD”, diz, destacando ainda a apresentação do diretor da Universidade Federal do ABC (UFABC), Marcos Vinícius Pó, cujo currículo “diferenciado” possibilita a formação em Ciência e Tecnologia e, com mais dois anos, em Engenharia.
Mesa formada por lideranças da educação superior, incluindo o coordenador da Ceap do Confea, eng. Osmar Barros Júnior, na abertura da programação do Cobenge
Formação
Ela se refere à participação do coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap), do Confea, eng. civ. Osmar Barros Júnior, no segundo dia do Cobenge, em uma plenária intitulada “A Formação em Engenharia: ações e perspectivas (exame de proficiências e marco regulatório EaD)”, coordenada pela própria presidente da Abenge. Além de Osmar, participaram ainda o conselheiro da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, Mauro Luiz Rabelo; o presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Anderson Correia; o diretor de Regulação da Educação Superior (Seres/MEC), Daniel de Aquino Ximenes, e ainda o diretor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC, Marcos Vinicius Pó.
Outra mesa, coordenada pelo ex-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confapa) Mario Neto Borges, abordou “A importância da Pós-Graduação em Engenharia no Brasil, aprendizado, formação e os ganhos tecnológicos”. Os participantes foram o assessor científico da área de Engenharia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), William Roberto Wolf; o presidente do Confapa e Funect MS, Márcio de Araújo Pereira; o diretor de Programas e Bolsas no País, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Luiz Antônio Pessan, e o diretor substituto de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPQ/MCTI, Marcio Ramos de Oliveira.
Bom número de profissionais do ensino de Engenharia participou do evento
Gestores
Antes, o primeiro dia do evento havia sido marcado pela realização do XIV Fórum de Gestores e por uma reunião dos Grupos de Trabalho da Abenge: Formação de Professores, coordenado pelo professor Octávio Mattasoglio; Aprendizagem Ativa na Educação em Engenharia, pelos professores Dianne Viana e Renato das Neves; Educação Empreendedora em Engenharia, pelos professores Elzo Aranha e Régis Pasini; Ciências Básicas e Matemática na Engenharia, pelo professor Gabriel Lima, e ainda Mulheres na Engenharia, coordenado pela professora Sueli Custódio.
Ainda no Fórum de Gestores, com as participações de professores, profissionais e gestores ligados ao ministério da Educação, houve as sessões especiais: Curricularização da Extensão nos Cursos de Engenharia: integrando formação, oportunidades e a prática social; Aprendizagem Ativa nos Cursos de Engenharia na Modalidade Presencial e EaD; Avaliação Institucional e de Cursos de Engenharia e a Formação do Egresso: desafios e perspectivas e ainda Mulheres na Engenharia: desafios, oportunidades e o futuro da profissão.
Livro e visita
No último dia do Cobenge, foi lançado o livro “Educação em Engenharia no Século XXI: formação e atuação profissional”, fruto do edital de patrocínio de publicações do Confea. No dia anterior, os professores e demais engenheiros participaram de uma visita ao Centro Brasileiro de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM. Entidade privada sem fins lucrativos tutelada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM opera quatro laboratórios nacionais, sediando ainda o Sirius, uma das mais avançadas fontes de luz síncroton do mundo. Suas pesquisas têm impacto nas áreas de Saúde, Energia, Materiais Renováveis, Agroambiente e Tecnologias Quânticas.
Confira como foi a programação do evento.
Com informações do Confea.
