
Nos dias 02 e 03 de setembro, foi realizado em Brasília (DF), o Encontro Regional de Coordenadores e Assessores das Comissões de Ética (Ercace).
Vice-presidente do Confea, eng. ftal. Nielsen Christianni
Na abertura do evento, o vice-presidente do Confea e integrante da Comissão de Ética e Exercício Profissional (Ceep), Nielsen Christianni Gomes da Silva, destacou a importância do debate para o Sistema e para a sociedade. “Estamos cada vez mais buscando caminhos que tragam resultados concretos para os profissionais e para a sociedade. A ética não pode ser vista como um apêndice, mas sim como parte essencial do direcionamento do Sistema, definindo de que forma podemos agilizar processos e nos posicionar diante da sociedade. As coordenadorias são a caixa de ressonância do Sistema, a instância mais próxima dos conselhos e dos profissionais. Esse debate deveria estar presente em todas as instâncias, para além das coordenadorias”, afirmou.
Coordenador nacional das comissões de Ética dos Creas, Danilo Monteiro
O coordenador nacional das Comissões de Ética (CNCE), Danilo Monteiro, ressaltou a importância da atuação integrada entre coordenadores e assessores. “O objetivo principal da CNCE é padronizar os procedimentos, respeitando as particularidades regionais. Esse é um trabalho que vem sendo desenvolvido e que só se fortalece com a dedicação dos assessores, que são fundamentais para a continuidade e a efetividade dessas uniformizações”, disse.
Assessor da presidência do Confea Alexandre Borsato
Pela manhã, os coordenadores acompanharam palestras dos assessores da Presidência, Bruno Taves e Alexandre Borsato, que abordaram, respectivamente, o aprimoramento de processos e a análise de dados de processos éticos.
Autoridades
Na tarde do primeiro dia do Ercarce, os participantes puderam contar com a experiência da auditora Águeda Avelar, responsável por uma apresentação sobre a sua área, e também com as expertises mais recentes do analista Daniel Anchieta de Souza e do assessor da presidência Bruno Taves, que colocaram em prática os conhecimentos teorizados, até mesmo durante o Encontro Nacional, realizado em junho.
Vice-presidente Nielsen Christianni
Ao final da reunião, o vice-presidente eng. ftal. Nielsen Christianni voltou a se manifestar, apontando que o evento demonstra como o Confea vem valorizando o tema da ética no Sistema. “A ética tem um valor inigualável para o Sistema e vocês estão vendo como é possível buscar uma padronização nos nossos procedimentos, no encaminhamento dos processos com mais celeridade. Estamos abertos às sugestões de vocês em qualquer momento, mas é importante também que essa informação alcance também as coordenadorias, para que possamos prestar um serviço melhor à sociedade”, considerou.
Conselheiro federal eng. eletric. Amarildo Lima
O conselheiro federal eng. eletric. Amarildo Lima destacou a metodologia aplicada ao evento, apresentando três estudos de caso entre os participantes, distribuídos regionalmente em nove grupos: 3 do Nordeste, 2 do Norte, 2 do Centro-Oeste, 1 do Sul e 1 do Sudeste. “Os estados têm como apresentar suas visões para outros da mesma região para buscar um consenso sobre a melhor conduta, em relação a temas como a ART ausente, se esse aspecto poderia ser considerado uma falta ética, mesmo que ele já venha sendo penalizado de outras formas. Um Crea pode ter uma linha de ação diferente de outro. A partir daí, vamos tentar buscar soluções em comum”, comentou o conselheiro.
Conselheira federal eng. agr. Giucélia Figueiredo
Posicionamento semelhante ao da conselheira federal eng. agr. Giucélia Figueiredo, para quem a padronização dos processos de ética deve ser uma preocupação de todos os regionais. “Maior eficácia e celeridade devem ser os objetivos, oferecendo uma dinâmica maior para todos os regionais. Nesse momento, estamos buscando conhecer as particularidades para depois apresentarmos sugestões para essa uniformização. Essa é uma visão compartilhada pela Comissão de Ética e Exercício Profissional, mas também pelos excelentes técnicos do Confea, possibilitando que todos os regionais trabalhem com indicadores que tragam muitos resultados daqui em diante”, comenta a coordenadora adjunta da Ceep.
Participantes do Ercace
Auditoria e cultura organizacional
A apresentação da auditora Águeda Avelar, do Confea, foi dividida nos temas governança, indicadores e auditoria. “Estamos vivendo uma cobrança muito grande pelos resultados, inclusive dos órgãos de controle externo, por isso é importante identificarmos os nossos ‘gaps’, dos planos de trabalho aos indicadores. Considerando a ética um subsídio para a tomada de decisões por outras comissões, nesse contexto de transparência, verificamos que há muitos avanços com as pessoas mais conscientes do seu papel perante a sociedade, o que também nos possibilita inclusive reduzir a descontinuidade”, comentou.
Auditora do Confea Águeda Avelar
“É muito bom perceber a evolução do pensamento da ética no Sistema, com toda a noção de transparência que as pessoas têm demonstrado atualmente. Fico feliz em poder repassar um pouco da experiência que tenho ao longo de anos na auditoria do Confea com um grupo tão selecionado, formado por conselheiros, coordenadores e assessores das câmaras de Ética. Eles recebem tão bem quanto qualquer câmara especializada, e é importante que eles percebam a importância da auditoria, antes da necessidade de um controle externo”, ressaltou a analista, cuja atuação foi lembrada por um desses conselheiros, o engenheiro químico Marino Greco, do Crea-RS. “Naquele momento da auditoria, há alguns anos, precisamos rever alguns pontos em desconformidade, o que foi muito importante para o nosso crescimento”, comentou.
Participação dos grupos na atividade prática
Exercícios
Essa identificação com a temática da ética no Sistema envolve, portanto, não apenas os participantes nos regionais, mas também aqueles que participam da organização do Ercace. Profissionais há menos tempo no Confea do que Águeda também demonstram sua atenção ao tema.
Eng. minas Daniel Anchieta durante os debates dos grupos
Ex-gerente técnico do Confea e atualmente assessor da Ceep, o engenheiro de minas Daniel Anchieta lista as áreas que contribuíram para a realização do evento, além da sua comissão: Gerência de Relação com o Profissional e Fiscalização (GPF); Gerência de Relacionamento com as Entidades (GRE); Comissão de Organização, Normas e Procedimentos (Conp); Controladoria (Cont) e Auditoria (Audi). “Em junho, fizemos o nacional, abrangendo mais a teoria, e agora temos esse momento de prática, por meio desses exercícios em equipe, que podem trazer soluções diferentes para o mesmo caso”, informa.
Assessor Bruno Taves apresenta detalhes sobre a atividade
Já o assessor Bruno Taves considera que cada regional pode apresentar a sua forma de trabalhar esses estudos de caso. “Aqui é importante incentivar essas divergências, é um momento de troca de aprendizado, tanto sobre a forma, como o conteúdo dos processos éticos em si, extraídos de situações reais, em anonimato”, diz, informando que, após uma hora e meia de discussões, as conclusões seriam analisadas no dia seguinte, encerrando o encontro, nesta quarta-feira (3/9). Pela manhã, houve as apresentações dos gerentes da Controladoria e da Ouvidoria do Confea, Marcus Ferron, e da GRF, eng. mec. Igor Fernandes.
Fonte: Confea