
No dia 5 de maio de 2025, segunda-feira, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (CREA-DF) marcou presença no 17º Curso de Especialização em Prevenção de Incêndios (CEPI), promovido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Representando a instituição, participaram o Conselheiro Regional e Coordenador da Comissão de Educação e Atribuições Profissionais (CEAP), Eng. Luiz Correia, e o Chefe de Gabinete da Presidência, Gil Medeiros, que esteve presente em nome da presidente Adriana Resende.
Com mais de 400 horas de formação, o CEPI é reconhecido por seu rigor e excelência, integrando teoria e prática de forma simultânea e aplicada. Trata-se de uma formação continuada de alto nível, na qual todos possuem formação de nível superior, entre os quais se destacam engenheiros, que também desempenham um papel fundamental na prevenção e combate a incêndios.
Durante o evento, o coordenador da CEAP, Eng. Luiz Correia, destacou que, considerando o reconhecimento oficial das instituições militares de ensino pelo MEC, cursos desse porte, devido à sua elevada qualidade técnica e acadêmica, deveriam ser equiparados a uma especialização lato sensu. Correia defende que essa equivalência deve ser debatida no âmbito acadêmico militar e do Sistema CONFEA/CREA, com vistas à habilitação profissional daqueles com formação em engenharia e demais profissionais vinculados ao sistema.
O deputado distrital Roosevelt Vilela, ex-integrante do Corpo de Bombeiros, também esteve presente e destacou que o curso poderia ser reconhecido até mesmo como uma pós-graduação.
Além disso, o coordenador também destacou as ações que vem liderando para fortalecer parcerias institucionais, com ênfase nos diálogos com lideranças do Corpo de Bombeiros, como os coronéis Rodrigo Freitas e Gleydson, e com o diretor da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), Eng. Edson Silva, com o objetivo de estruturar o Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Incêndio e Desastres.
Segundo Correia, que também é professor e coordenador de cursos de engenharia na Universidade Paulista (UNIP), é necessário intensificar as tratativas e promover ajustes nos dispositivos legais para viabilizar a criação do título profissional de Engenheiro de Incêndio e Desastres àqueles que já tenham graduação em engenharia, nos moldes do já consolidado título de Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Ele destacou ainda a relevância estratégica da área de incêndio e desastres, considerada fundamental para a proteção da vida e do patrimônio. O setor enfrenta uma crescente demanda e uma preocupante escassez de profissionais habilitados. Em diversos municípios brasileiros, não há sequer um profissional com a formação e competência necessárias para atuar nessa especialidade. Atualmente, essa formação está praticamente restrita aos quartéis dos Corpos de Bombeiros nos grandes centros urbanos, onde o efetivo disponível está aquém das necessidades.
Diante desse cenário, o coordenador defende a expansão dessa formação especializada como parte de um plano nacional de contingência, com o objetivo de atender também às regiões mais isoladas, carentes e desassistidas do país.