O principal objetivo do Receituário Agronômico é orientar o uso racional de agrotóxicos e o diagnóstico é pré-requisito essencial para a prescrição da receita. O ato de diagnosticar pressupõe a análise de sinais e sintomas do evento que se pretende controlar, das condições do clima e do estágio e condições da lavoura. Qualquer aplicação desnecessária ou incorreta de agrotóxico constitui uma agressão ao ambiente.
A receita deve ser resultado da efetiva participação do profissional engenheiro agrônomo que assume a responsabilidade pela necessidade e pelos resultados do tratamento, desde que o agricultor respeite as recomendações contidas na receita e demais orientações prestadas pelo profissional que não são passíveis de inclusão no receituário, visto que o mesmo não substitui o contato frequente e orientações agronômicas constantes, necessárias ao sucesso dos empreendimentos agrícolas. Portanto, não se exige receita para legalizar a venda de agrotóxicos, mas sim para a aplicação.
VANTAGENS
• Contribuição para uma maior conscientização do uso de produtos fitossanitários;
• Valorização do meio ambiente, com medidas efetivas para protegê-lo;
• Facilitar a adoção do manejo integrado de pragas (MIP), processo que envolve a condução de cultura supervisionada;
• Indução ao emprego de produtos fitossanitários mais seguros e mais eficientes;
• Criação de um corpo de assistência técnica de alto nível, valorizando a classe;
• Criação de novas condições para uma comunicação mais efetiva entre técnicos e agricultores; e
• Permissão para maior rigor nas fiscalizações dos problemas de ordem toxicológica.
CONCEITOS DO RECEITUÁRIO AGRONÔMICO
Busca da origem do problema fitossanitário com vista a atingi-lo com o máximo de eficiência e o mínimo de insumos;
Exige da área técnica conhecimento profissional para que se possa realmente atingir os objetivos a que se propõe; e
É, antes de tudo, uma metodologia de trabalho a ser seguida por quem atua na área fitossanitária.
Obs.: *Não confunda Receituário Agronômico com receita agronômica: a receita é apenas o instrumento final de todo o processo desenvolvido, envolvendo características técnicas e éticas.
A receita específica para cada cultura ou problema deverá conter o nome do produto comercial a ser utilizado, o nome de eventuais produtos equivalentes e as informações sobre sua incompatibilidade, quando for o caso. Há ainda a necessidade de se mencionar a cultura e as áreas onde serão aplicados os defensivos e as advertências específicas, quanto ao intervalo de segurança e para a colheita dos produtos agrícolas. Informações sobre incompatibilidade dos agrotóxicos e afins deverão ser dispostas em campo específico da receita, considerando o contexto da recomendação e as advertências específicas para a aplicação. As informações constantes em rótulo e na bula dos agrotóxicos e afins registrados, relativos à mistura em tanque, quando existentes são de caráter obrigatório, devendo constar também.